Nós Não Somos a Nossa Mente
A mente não é quem somos realmente, apesar de parecer ser nosso EU. Confundir nossa alma com nosso fluxo mental gera uma percepção desfocada da realidade.
MENTEDIÁLOGO INTERIOR


Você já notou que nossa mente não para nunca? Ela é como um monitor de televisão que fica constantemente pulando de um canal para o outro. São imagens, músicas, diálogos repetidos, lembranças e pensamentos que aparecem aleatoriamente, demandando nossa atenção. A maior parte deste material passa despercebido ou não tem uma longa duração.
A maior parte das pessoas pensa que elas são a sua mente e o que ela mostra continuamente, mas isso não é verdade. Nós somos algo separado dos nossos pensamentos e emoções. Isto é fácil de perceber com um pequeno experimento: quando nos aquietarmos internamente somos capazes de perceber este fluxo constante aparecendo na nossa consciência, mas também percebemos que nós não somos este fluxo.
Nós somos aquela parte que observa o fluxo e decide interagir com ele ou não. As antigas escrituras hebraicas chamam a nossa identidade individual de alma ou às vezes, de coração. Na nossa alma estão a nossa mente, os nossos desejos, emoções e a nossa vontade. Porém, cada uma destas partes são como 'órgãos' da alma e não a alma em si.
Porém, quando nós interagimos com este fluxo mental, ele passa a fazer parte do nosso diálogo interior. O diálogo interior é a conversa contínua da nossa alma consigo mesma. Poucas pessoas prestam atenção em quanto tempo dedicamos ao seu diálogo interior, confundindo ele com a sua própria noção de ser. Com isso, elas deixam o seu diálogo interior no modo automático, sem nenhum controle sobre a direção para a qual ele está indo.
O diálogo interior pode ser positivo, encorajador e motivador, ou pode ser negativo, crítico e desmotivador. A forma como falamos conosco mesmos influencia diretamente nossas emoções, comportamentos e, em última análise, nossas experiências de vida.
Quando nos envolvemos em um diálogo interior positivo, reforçamos crenças saudáveis sobre nós mesmos e nossas capacidades. Por outro lado, um diálogo interior negativo pode nos levar a duvidar de nossas habilidades e a nos sentir inadequados.
Nosso diálogo interior molda nossas crenças e atitudes em relação ao mundo ao nosso redor. Ele é o óculos através do qual vemos o mundo. Se constantemente nos dizemos que o mundo é um lugar hostil e cheio de desafios insuperáveis, é provável que vejamos a vida através dessa lente negativa. Em contraste, se exercemos um diálogo interior que enfatiza a abundância, a oportunidade e a resiliência, nossa percepção do mundo se torna mais positiva e esperançosa.
Como um 'órgão' da nossa alma, nossa mente pode ser saudável ou doentia, baseada na dieta com a qual a alimentamos e os exercícios que fazemos (ou a a falta deles!). Negligenciar o cuidado com a mente é uma receita certa para problemas futuros.
Aí está a raiz de muitos problemas: se acreditarmos que o nosso fluxo de pensamentos e imagens são o nosso EU, a nossa alma, abrimos mão de tentarmos ter qualquer controle sobre nosso diálogo interior, aceitando-o passivamente.
Nossa vida é reflexo daquilo que pensamos, mas nós NÃO somos nossos pensamentos. Nós temos certo grau de controle sobre eles, aceitando-os ou não. Como disse Martinho Lutero, nós não podemos evitar que pássaros voem sobre nossa cabeça, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre nela!
O primeiro passo a ser dado é a tomada de consciência e a observação do nosso fluxo de pensamentos. Entretanto, a luta constante contra pensamentos intrusivos é muito cansativa e pode ser contra produtiva.
Clique no post abaixo para conhecer mais sobre uma maneira melhor para controlar este fluxo: